Povos indígenas da Federação Russa lutam por liberdade e soberania: é anunciada a criação da Liga das Nações Livres

As discussões públicas sobre o futuro da Federação Russa após o fim da guerra russo-ucraniana ainda são geralmente conduzidas no paradigma “o futuro do centro federal é o futuro da Rússia”. No entanto, as tentativas de apresentar as necessidades, problemas e ideias sobre o futuro dos moradores de Moscou, Buriácia, Chechênia, Bascortostão, Tartaristão, Calmúquia e outras regiões como algo comum e integral são absolutamente insustentáveis ​​e contraproducentes. Os súditos da federação, como todos os povos autóctones da Federação Russa, têm todo o direito tanto de participar da discussão do futuro dos territórios russos quanto de exercer seu direito à autodeterminação. Foi com o objetivo de concretizar o direito à autodeterminação dos povos e territórios indígenas da Federação Russa que foi criada a Liga das Nações Livres – uma estrutura de rede horizontal que une organizações, movimentos e ativistas individuais que compartilham seus objetivos e visões.

A Liga das Nações Livres tem os seguintes objetivos:

– consolidação das forças anti-imperialistas;

– formação de pessoal para a construção do Estado;

– busca de aliados no cenário internacional;

– a aquisição de soberania real pelos súditos da Federação Russa;

– realização do direito à autodeterminação.

Princípios de cosmovisão da Liga das Nações Livres:

1. A Federação Russa é um império que pela força mantém suas colônias em posição servil. A libertação por “realização de um referendo” é impossível, assim como um referendo “dos direitos humanos” é impossível sob condições de terror de Estado.

2. Os povos da Federação Russa devem ter a oportunidade de exercer seu direito à autodeterminação. A criação de federações ou confederações só é possível de forma voluntária e sem os ditames do antigo centro federal.

3. Todos os súditos da Federação Russa têm o direito de determinar independentemente seu destino futuro.

4. Declaramos o princípio da “presunção de sujeição”. Assim, com o colapso do atual regime político na Federação Russa, as regiões não precisam apelar para nada que lhes dê soberania. Todas as regiões, por definição, adquirem plena soberania e completa independência de Moscou, e já então, como territórios livres, decidem seu futuro: se querem manter a independência, unir-se a outras regiões e repúblicas ou criar uma confederação de estados.

Quem está na Liga das Nações Livres?

Vladimir Dovdanov, Batyr Bormongaev, Erenzen Dolyaev (calmuques), Ruslan Gabbasov (bashkir), Syres Bolyaen e Vitaly Romashkin (erzyans), Dorjo Dugarov, Radjana Dugar-De Ponte (buryates), Rafis Kashapov (tártaro), Vyacheslav Demin (cossaco). Além disso, a Liga incluiu ativistas dos movimentos nacionais ingush e yakut, bem como os pequenos povos do Norte, como observadores.

Como entrar na Liga das Nações Livres?

Preencha o questionário (tem um modo anônimo para quem não quiser se apresentar) e aguarde a resposta.